Tem algum tempo que estamos nessa discussão sobre dúvidas de artesanato aqui no blog, numa espécie de fórum informal. No post anterior conversamos sobre fatores históricos que criaram uma concepção depreciativa do trabalho artesanal e caso você perdeu, clique aqui em Artesanato como negócio: vou ou não vou.
Como o foco desse nosso papo é justamente o de artesanato enquanto negócio, hoje vou discutir com vocês uma outra questão que sei que aflige muita gente: meu trabalho é bom o bastante?
Volta e meia alguém me escreve dizendo que “acha” que seus trabalhos não são tão legais quanto os que vê mundo afora. E no dia-a-dia isso se repete mais ou menos assim: “Tem tanta gente melhor do que eu….” 3 pontinhos, suspiro!!!!
Muitas vezes, influenciados pelos pessimistas de plantão acabamos por nos depreciar, perder a fé em nossos planos. Algo como achar que há no mercado só coisas muito melhores. Há também um terror de tentar um negócio, ter dificuldades ou falhar, e ter que ouvir os amigos dizerem: “eu avisei”!!! Esqueça essa turma pra baixo, junte-se aos fortes. Tenha a força craft!!!
Analisar como nosso trabalho se enquadra dentro do mercado é muito positivo, mas é um exercício que deve ser feito observando os dois extremos: como são os melhores e como são os piores. Assim, vamos considerar que também existem muitos produtos bem piores do que os nossos e isso tudo faz parte do que chamamos de mercado de artesanato.

Ao longo do tempo muitas pessoas vão olhar nosso trabalho e não vão gostar, nem se identificar, assim como outras irão amar de paixão. Esse movimento é hiper natural e mantém a máquina azeitada. Deve ser assim para que esse fluxo funcione bem para todos.
Que lição aprendemos disso?
Super lição!!! Devemos ser os primeiros a acreditar no produto que estamos oferecendo; se não os acharmos bons o suficiente, algo está errado e não necessariamente com o produto.
Pense: como poderá alguém adquirir um trabalho nosso se nos nossos olhos não demonstramos confiança no que produzimos?
Vamos visualizar que nosso cliente precisa ou deseja nosso produto. E acreditar nisso, porque do contrário seremos a primeira pessoa a nos depreciar e aí sim nosso negócio correrá grande risco.
Vamos analisar se sem perceber não estamos nos boicotando, e para evitar enfrentar alguma decepção comercial, baixando o valor do produto só para facilitar a venda.
Vamos encontrar o cliente para o nosso produto. Dica: coloque seu produto nas vitrines, divulgue, anuncie no máximo de sites que puder e abra a mente para o que virá. Sem ir atrás demoramos demais pra achar esses clientes que amam trabalhos como os nossos. Existe um nicho para cada artesão, ache o seu.
Outra coisa de suma importância: é nosso cliente quem dará os melhores retornos sobre a qualidade do nosso produto. Se é para ouvir, ouça quem compra.
Resumindo, vendemos melhor aquilo em que acreditamos e essa energia que envolve nosso trabalho é percebida pelo cliente. Preciso dizer mais? Coloque brilho nos olhos.
Falando em qualidade, falamos sobre valor: você já sabe calcular preços? Veja as dicas que já dividi com vocês e descubra agora mesmo as suas margens de negociação. Clique aqui.
Agora quero saber de você: se identificou com alguma dessas questões? Conte pra mim aí nos comentários. As minhas verdades tem espaço para as suas 😉
Fotos: 1. Brilliant Business Moms, 2. Creative Income Blog, 3. MLive Jennifer Ackerman-Haywood
Não copie, compartilhe.
Clique e leia nossa licença com as regras para reprodução.
Navegando pela net cheguei aqui e tô adorando tudo! Parece que esse post foi feito pra mim, pra me dar uma “cutucada” sabe. Amo artesanato! Mas tudo o que faço fica aqui em casa ou dou de presente pra minha mãe pois meu problema é exatamente esse: Será que o meu trabalho é bom o bastante?
Terá uma feira para exposição de produtos ou serviços daqui há uma semana, quem se inscrever terá que doar 10% das vendas para instituições carentes. Meus familiares querem de toda maneira que eu me inscreva e exponha meu artesanato mas estou muito insegura, não sei se terei produtos o bastante até lá e também fico receosa em relação a aceitação do meu trabalho ao mesmo tempo em que gostaria de ir pois o que vender (se vender) além de levantar meu ego ainda estarei sendo solidária. Cris, me dê sua opinião ou indicação de algum artigo que me auxilie sobre como COMEÇAR. Desde já agradeço e digo: estarei sempre por aqui lendo seus maravilhosos artigos que me caem como uma luva, aliás todo o blog é maravilhoso, aqui encontrei dicas, respostas, soluções, enfim: aqui me encontrei!!! Bjos
Andréa neste mesmo post tem um link que ensina a calcular preços. Dê uma conferida porque é das primeiras coisas que você precisa saber antes de participar de uma feira. Minha sugestão para que você não perca esta oportunidade que surgiu (e oportunidades nunca se deixam passar), é fazer uma parceria com outra amiga artesã e levar produtos dela, para não correr o risco de ficar sem material. Depois de vivenciar essa situação, você já vai poder tirar suas próprias conclusões sobre a quantidade de material que deve levar. Apenas se prepare antecipadamente, mas não deixe de ir. Os clientes te darão muitas respostas que mais ninguém poderá dar. Sucesso querida.
Olá, Cris! Sempre fui apaixonada pelo artesanato. Aprendi crochê com 8 anos e, ao longo do tempo aprendi vários tipos de artesanato, mas nunca levei como fonte de renda. Há seis meses fechei meu salão de beleza, deixei de ser cabeleireira pra me dedicar à caixas de mdf. Meu humor melhorou 100% e meu stress foi embora. Agora tento produzir um pequeno estoque para tentar conseguir entrar em feiras e lojas. Internet não é minha vontade. Gosto de ver os olhos de quem vê o meu trabalho. Se você tiver algumas dicas de marketing e vendas, gostaria de saber. Afinal, em abril, se tudo correr bem, serei mãe e não vou poder sair de casa pra trabalhar. Obrigada pelo espaço!
Adriana até tenho, mas invariavelmente o foco é a venda virtual, que cresce exponencialmente a cada ano. Não creio que você vá conseguir fugir dela por muito tempo.;)
Digite os termos “gestão de negócios” no campo de pesquisa e confira todas as dicas já dadas ao longo do tempo. Beijos.
Obrigada pelas dicas e pelo carinho. Vou continuar tentando. Beijos.
Faz tempo que faço artesanato,diversas técnicas,e estou aprendendo mais.Acredito que são bons e por isso resolvi comercializá-los. Mas,encontrei aquela pessoa que dizia não ser bom o bastante, que outros faziam igual ou melhor; dentro de casa mesmo. Hoje não estou mais com ele.Parei por uns tempos e agora estou voltando mas,está mais difícil.Não sei se é por mim ou se o mercado está mais concorrido,por causa do acesso mais fácil a cursos.Não quero desistir por que é algo que eu amo fazer e me sinto feliz quando estou com tintas ou linhas ou tecidos mãos. Obrigada pelo espaço pra esse comentário-desabafo.Beijos.
Wanda a grande dica que posso dar é que você encontre algum detalhe para incluir em seus trabalhos que se torne um diferencial em relação aos outros. Sempre haverá concorrência, existe pra qualquer profissão, mas quando a gente se destaca em algo, sempre sai na frente. Encontre esse item e trabalhe nele com esse foco. Um grande beijo.
Mto representativo suas últimas postagens. Certamente reflete o q sentimos…mta sensibilidade compartilhar. Tem me feito refletir mto a respeito do valor dos meus trabalhos, os quais não tenho coragem de publicar fotos…rsrsrsr…mas sei que são bons!Obrigada mesmo!!
Ruth gostei do “Sei que são bons”. Então fico esperando as fotos. 😉 Beijocas.
Obrigada Cris, vc me ajudou d+ vou seguir seus conselhos muito do que vc escreveu serviu pra mim, rsrsrs vou arregaçar as mangas e acreditar mais em mim e olha que recebo muitos elogios e vendo bem, mas a insegurança, me mata.
Bjus
Fora insegurança Elza, você é mais, 😉
oi…muito interessante esta reportagem…também souuma artesã insegura…rssss….
se puder, dá uma ollhadinha no meu blog e me diz o q acha.
beijinhos.
Helo não é a minha opinião que mudará a sua insegurança, você precisa olhar seu trabalho como um negócio e analisa-lo como tal. Faça isso e muitas respostas irão clarear pra você. De qualquer forma visitei seu blog e acho sua proposta bem interessante mas tem por onde explorar opções. 😉 beijos e sucesso querida.
Boa tarde!
Estou gostando muito de suas dicas.
Tenho exposto em feira pública e suas dicas tem sido importante.
Forte abraço
Lou que bom. Pode deixar suas dúvidas e opiniões sempre que quiser. Ajuda a todos. Beijos.
Oi Cris,boa colocação nesse assunto,é assim mesmo tem os que te levantam a confiança e os que choram para pagar o nosso preço,mas sei que meu produto é bom,pois faço como se fosse pra mim rico em detalhes,esses que questionam o valor tbem acho que talvez não sejam 100% fãs de artesanato, pois os que gostam dão valor ao trabalho em geral e sempre estão pedindo algo novo como um desafio a cada encomenda,mas não devemos abaixar a cabeça para os “nãos” das vendas,pois os gostos são variados e outro te dirá sim com certeza.
Exatamente Joséli. Temos que entender que cada pessoa tem um gosto, e não conseguiremos atender a todos nunca. O importante é encontrar as pessoas que saberão apreciar nosso trabalho, por isso é importante divulgar bastante. Assim se abrem mais oportunidades. Beijos.
bom dia cris eu acredito no meu trabalho e sei que faço bem feito pois quando recebo uma encomenda,faço como se fora para mim,e por isso capricho,mas na internet não sinto que valorizem meu trabalho como acho que deveriam,mas quando participo de uma feira as pessoas ficam encantadas e é só elogios,ai recebo mais convites para participar de outras feiras,é que infelizmente meu tempo é curto e não da para participar de todas.mas meu trabalho é bom o bastante.beijo sirleide
Sirleide isso é importantíssimo, acreditar no valor do seu trabalho. Se você tem isso claro, com certeza consegue passar para seus clientes e ter sucesso, tanto é que pessoalmente você tem mais facilidade de vender. Pela internet a abordagem é mesmo mais complicada. Ainda falaremos disso. Beijos.